segunda-feira, 9 de novembro de 2020

“Melhore sua comunicação” traz coletânea de artigos

           O jornalista, Laércio Pimentel, acaba de lançar o livro “Melhore sua Comunicação”, uma coletânea de artigos que tratam de comunicação, marketing, propaganda e gestão corporativa e institucional. O trabalho reúne uma série de publicações ao longo de dez anos, mostrando alguns pensamentos, discussões, ideias e proposições sob a ótica do mundo comunicacional.

Os pensamentos relatados se misturam a teorias, práticas e provocações que retratam o cotidiano nas empresas, política e vida comum. Em todos os pontos, a comunicação é tratada como a ponte para a melhoria das relações humanas e das práticas de gestão empresarial.

Laércio Pimentel é jornalista, profissional de marketing e propaganda, com mais de 35 anos no mercado de comunicação, tendo atendido empresas como Grupo Votorantim, Merrel Lepetit, Aventis Pharma, Eli Lilly do Brasil, Cia. Suzano de Papel e Celulose, Motorola, Solvay, Duratex, Livraria Cultura, entre outras.

O livro pode ser encontrado através da editora Clube de Autores (clubedosautores.com.br) ou nas livrarias Cultura, Amazon, Estante Virtual https://bit.ly/3oCoEYf e Submarino https://www.submarino.com.br/produto/2407379809/melhore-sua-comunicacao?pfm_carac=melhore .

 


Características:
- 171 páginas

- ISBN: 978-65-00-06019-5

 - Capa

Capa Melhore sua Comunicação.jpeg

terça-feira, 14 de março de 2017

Como a gratidão pode controlar a ansiedade




* Márcia Luz

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada em fevereiro mostrou que o Brasil é campeão mundial no índice deansiedade, com 9,3% da população atingida. Essa disfunção engloba várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias e estresse pós-traumático. As mulheres são as que mais sentem as consequências: 7,7% delas são ansiosas, contra 3,6% dos homens.
Poucos sabem, mas a ansiedade pode ser atenuada com uma prática simples: a gratidão. O ato de agradecer leva a mente da pessoa ao momento presente e evita que ela sofra por decisões passadas ou incertezas futuras. A gratidão nos faz viver o agora, seja agradecendo pelo café da manhã, por um bom dia que recebemos ou por um sorriso. Agradecemos pelo que mais de maravilhoso ocorreu no nosso dia e, seguindo essa linha positiva, ficamos esperando por mais coisas boas.
A ansiedade é justamente o oposto disso. Ela nos faz sofrer por coisas que estão lá na frente, que podem ou não acontecer e que te fazem ter medo do que ninguém sabe. É um vírus que entra pelo corpo e, sem o devido cuidado, estabelece raízes cada vez mais profundas, um constante ciclo de sofrimento que ninguém controla. É hora de refletir se sentir-se dessa forma vale a pena. Afinal, por que sofrer pelo que não se sabe? Isso é injusto com nós mesmos.
Coloque seus pensamentos no presente, no aqui, no agora. Pergunte-se: eu mereço sofrer dessa forma por algo que eu nem sei qual será o resultado? Mereço me sentir angustiado assim? Agradeça por ter a oportunidade de fazer algo que tanto queria em vez de se esconder debaixo das cobertas. A ansiedade deve nos dar aquele prazer em passar pelas situações por simplesmente estar ali, tentando com todas as nossas forças, e não nos afetar de tal maneira que nos condene a evitar situações mais difíceis. Afinal, momentos que exigem mais de nós sempre existirão.
Toda mudança precisa de um começo e tudo pode mudar se nós quisermos, basta começar agora. Confira algumas dicas para controlar a ansiedade:
  • Saia da zona de conforto: vá àquela feirinha de domingo. Passeie. Vá ao parque. Comece um livro. Não precisa ser nada luxuoso, apenas faça algo que te tire da rotina e te faça expandir os horizontes;
  • Organize-se: a ansiedade muitas vezes surge por termos uma grande quantidade de atividades para fazer. Então, evite transtornos, pare de procrastinar e coloque na agenda as tarefas mais importantes e que precisam da sua atenção com urgências;
  • Foque no presente: isso é um exercício diário. Planejar é, sim, muito importante, mas comece a pensar no dia de hoje, faça com qualidade e deixe pra se preocupar com o amanhã quando ele chegar;
  • Agradeça: seja grato por hoje e por ter a chance de poder se testar e fazer coisas novas;
  • Mude de atitude: trabalhe sua autoestima e pense positivo. Quanto mais energia boa você atrair, mais confiante se sentirá.

* Márcia Luz é psicóloga, professora, coach, autora do livro “A gratidão transforma” e realizadora do 1º Congresso Mundial da Gratidão (Comgratidão), que reuniu 40 mil participantes em 2016. Mais informações em www.marcialuz.com e www.facebook.com/marcialuz.fanpage

domingo, 12 de março de 2017

Do simples ao complexo: a vida de uma empresa


João um dia resolveu abrir um negócio; não seria mais funcionário e conduziria sua vida com sua própria cabeça. Comprou um carrinho, fez a decoração, colocou um vistoso cartaz e começou a produzir hot-dog com seu jeito peculiar. Ah, claro, deu um nome que pudesse olhar todos os dias e sentir-se orgulhoso: Jonhny’s Dog.
Você deve ter percebido que mesmo querendo apenas vender os seus hot-dogs, João teve que estabelecer um local para apresentação de seu produto; investir no design; criar propaganda; estabelecer fluxo de produção; investir em marketing; adotar ações para as vendas; e ainda aprender a lidar com finanças e com os clientes. Estamos falando de um singelo negócio que tinha apenas como objetivo inicial: vender hot-dog.
A verdade é que nenhuma empresa nasce para ser social; a empresa nasce para vender.
Ao longo de sua trajetória, as empresas vão incorporando outras tarefas peculiares às necessidades que vão se apresentando. Depois que se monta a estrutura básica, descobre-se que o negócio precisa ter um grupo funcional integrado, seguro, contente e proativo para que os resultados aconteçam. Logo à frente, vai descobrir que a empresa é um organismo vivo em meio à sociedade e que, por isso, precisa dar sua parcela de contribuição para que essa mesma sociedade se torne melhor, afinal, é dali que a empresa extrai a sua sobrevivência.
As empresas têm aprendido ao longo dos anos que a evolução organizacional é uma constante. Não existe um modelo que se fixe no tempo e sirva para o todo sempre. É preciso se adaptar às épocas, buscar o contentamento do público consumidor e, sempre que possível, superar as expectativas.
Dentro dessa ótica é necessário abrir parênteses para o melhor entendimento do ser humano. Aquele mesmo que vai ser crucial para alcançar as metas e objetivos traçados. Aquele mesmo ser que será essencial para fazer com que o público consumidor se familiarize com os produtos, desperte o interesse e consuma. Aquele mesmo ser que garantirá a existência da organização por longos anos.
É nesse estágio de evolução que a empresa percebe que não está mais fazendo produtos e nem vendendo commodities, ela está criando e celebrando emoções, vivências; ela está definitivamente lidando com a vida.
As pessoas compram produtos por necessidades e compram marcas por sentimentos complexos que vão desde a simples familiaridade com o jeito de pensar até uma explosão de sentidos em relação ao que busca conquistar na vida. É por isso, que as empresas estão cada vez  mais abrindo as portas do entendimento para o neuromarketing, a fim de entender as demandas cognitivas e como satisfazer e superar as expectativas de ávidos consumidores.

Aos profissionais de comunicação cabe o desafio de antever esses princípios, estabelecer a ponte de entendimento daquilo que não é tangível para o campo econômico e pavimentar o caminho que leva as empresas até esse novo modelo de relação com o mercado.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Como utilizar o Big Data para auxiliar na tomada de decisão

Por Eduardo Santos*

Cada vez mais se discute o uso do big data para melhorar o processo de tomada de decisões nas empresas, em especial nos departamentos de marketing, todavia ainda são poucas as empresas no Brasil que efetivamente utilizam este recurso e, menos ainda, agências criando campanhas baseadas em dados. Vamos apontar aqui alguns passos de como começar a utilizar o big data para a tomada de decisões estratégicas. Antes de começar um projeto, é importante entender o processo de tomada de decisão, que em geral passa por 5 passos:



Se estamos interessados em trabalhar no topo da pirâmide, precisamos entender como transformar dados em informação.

Hoje existem iniciativas de uso do big data e de inteligência artificial em todas essas etapas, porém ainda é imprescindível a presença de um ser humano validando e complementando esses algoritmos. Em resumo, ainda é imprescindível uma análise humana dos dados para que seja possível juntar a lógica com a emoção, afinal estamos comunicando para pessoas e não para máquinas.

Alguns casos recentes que demonstram isso, aconteceram com gigantes como o Facebook, que dispensou a equipe que fazia a curadoria de conteúdo do Trending e no primeiro dia em que as máquinas assumiram a sessão, várias notícias falsas e bizarras acabaram ganhando destaque. Outro case foi o da Amazon com a série Alpha House que, mesmo usando o big data para escolha do tema mais desejado pelos telespectadores, falhou em pontos importantes que fizeram o concorrente, também desenvolvido a partir de análises baseadas em dados, House of Cards, da Netflix, despontar como uma das melhores séries da atualidade.

Por conta destes exemplos, é possível concluir que usar dados públicos presentes na internet combinados com dados presentes dentro das empresas, após serem processados, é uma ferramenta valiosíssima, mas de nada adianta essa iniciativa ser realizada sem um processo bem definido, uma cultura analítica que passa pelo entendimento dos dados, assim como pelo entendimento humano e comportamental. Só por meio desse filtro é possível chegar ao desenvolvimento de um produto realmente eficiente para o seu público.

Ou seja, ao se transformar dados estruturados e não estruturados em informação pode-se empoderar pessoas para tomarem decisões mais assertivas, encontrar tendências, clusters de clientes e muito mais. Porém, para as empresas, o mais importante não é ter a informação em mãos e sim criar a cultura de tomada de decisão baseada em dados, a cultura de transformar informação em conhecimento, ou seja: criar uma cultura data-driven na empresa.

Para tentar exemplificar como ações simples podem gerar essa cultura, podemos dar o exemplo de um trabalho desenvolvido pela ED Interactive junto a um de seus clientes, a D-Link, fabricante de roteadores. Depois de analisar um problema logístico dos clientes que procuravam pelos roteadores no site da empresa, foi desenvolvida uma ferramenta no seu site, na página de cada produto que mostra “Onde comprar”. Ali, o produto em questão e somente os varejos que possuem estoque naquele exato momento serão exibidos. Com os dados gerados nessa ferramenta, o fabricante consegue mostrar para os varejistas quanto poderiam ter vendido a mais se tivessem aquele produto em estoque, prever tendências de compras e definir melhor o perfil de consumidor. Assim, tais dados servem tanto para a marca, para avaliar seus parceiros de vendas e fomentar novas negociações, quanto para seus clientes, que tem a informação precisa para efetuar a compra no momento de sua necessidade. Esse trabalho foi desenvolvido com base em uma simples análise de navegação do site, cruzando com dados de vendas de produtos. Como resultado, os novos dados gerados já deram início a alguns outros projetos junto à empresa.

Após essa descrição de cases, é possível concluir que, para se criar uma cultura data-driven, uma empresa deve focar em alguns pontos: 
1)      Compartilhamento de informação, relatórios de vendas, clientes, distribuição e cadastros de CRM (todos os departamentos que tem acesso a uma dessas informações devem ter acesso as demais também, afinal ninguém consegue montar um quebra cabeça com uma peça só). 
2)      Co-criação de indicadores chave de desempenho (KPIs) bem definidos e que atendam à empresa como um todo, ao mesmo tempo em que atende os departamentos individualmente (todos que tomam decisões para seus departamentos devem juntos definir os KPIs da empresa e juntos perseguir a melhora destes números, pois só assim vão entender o quanto um número pode influenciar o outro). 
3)      Criar testes AB que consigam tirar possíveis dúvidas ao longo do processo de decisão (testes sobre as mesmas condições de “temperatura e pressão” garantem um resultado comprovado pelos clientes e não por percepções infundadas). Um bom exemplo é criar comunicações ligeiramente diferentes e entender qual performa melhor, isso pode significar que se uma frase ou uma imagem for testada, você saberá qual tem maior impacto em seus clientes. 
4)      Entender a jornada do consumidor de seus produtos e serviços (existem inúmeras ferramentas que podem ajudar nesse processo, mas o mais importante é entender quais são os momentos em que o consumidor entra em contato com a marca e o quão perto da decisão de compra ele está em cada momento, só assim é possível definir o ROI). 
5)      Tomar decisões baseadas nos dados e não mais no feeling individual ou do grupo. Para isso existem dinâmicas que podem ser usadas. Lembrar que por mais que os números estejam presentes, normalmente existe mais de uma forma de comunicar uma mesma mensagem, então, a criatividade continua sendo sua melhor arma, só que agora com uma assertividade maior. 

*Eduardo Santos é diretor da agência ED Interactive. Ao lado dos sócios Fábio Lima e Célio Oliveira, está à frente de projetos de marketing e publicidade utilizando big data, marketing digital e business inteligence para clientes de todo o Brasil e internacionais, sempre tendo como guia o lema da agência: Think Digital. Act Real. www.edinteractive.cc

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Os 4 erros comuns ao falar em público. E o que fazer para evitá-los


Apresentações em público fazem parte da rotina de profissionais em diferentes cargos, indústrias e campos de atuação, mas nem sempre o resultado é satisfatório - seja para quem ouve ou para quem fala. Para não fazer feio diante de chefes, clientes, equipes e espectadores em geral, a linguista e pesquisadora Vivian Rio Stella, diretora da VRS Cursos (www.vrscursos.com.br), revela os quatro principais erros da comunicação em público e o que fazer para escapar deles.  
1. Não planejar adequadamente
Na correria do dia a dia, muitos profissionais elaboram o material – e se preparam – quase aos 44 minutos do segundo tempo. Ou seja, deixam tudo para a última hora,  excedendo na quantidade de dados e comprometendo a performance. Ao não considerar a pertinência das informações em relação ao público-alvo e não treinar a apresentação ao menos uma vez, não dá para verificar se tudo faz sentido e se o tempo será cumprido. A falta de planejamento pode impactar a imagem de quem se apresenta – seja em relação à sua credibilidade, desenvoltura e conhecimento do tema – e da empresa que representa. É recomendável reservar um tempo na agenda para preparar o script da apresentação e os slides e para treinar o que será abordado, especialmente as informações mais impactantes. Fazer isso é encarar a comunicação em público como parte integrante da atividade profissional e respeitar as pessoas que estarão presentes.
2. Começar de forma pouco confiante
É no momento mais tenso da apresentação que o orador deve soar confiante, crível e preparado -  justamente porque é nessa hora em que podem surgir hesitações (hããn, éé), frases negativas (o assunto é muito técnico, chato, difícil), desculpas irrelevantes (estou nervoso, não me preparei como gostaria) ou até piadas fora de contexto. Em uma introdução adequada, o profissional deve se apresentar brevemente (caso a plateia não o conheça) e explicitar o objetivo da apresentação (ex.: explicar conceitos; discutir rumos do projeto; esclarecer políticas da área etc), ressaltando a relevância do tema para os ouvintes a fim de ganhar sua atenção para  revelar a agenda de tópicos e o ponto focal do encontro. Ao fazer isso, a plateia recebe logo no início uma importante mensagem: o palestrante tem confiança e se preparou para a apresentação.
3. Concluir de maneira abrupta
É comum ouvir frases como “era só isso”, “há mais slides mas o tempo acabou” ou “alguém tem alguma pergunta?” como formas de concluir a mensagem, mas a verdade é que essas formulações apenas sinalizam o fim da apresentação. Um fechamento efetivo requer que o profissional verbalize que irá terminar (exemplos: para encerrar, para concluir, por fim), resuma os três principais tópicos já expostos e reforce a mensagem principal da apresentação. A partir daí, o profissional pode abrir espaço para perguntas e deixar seu contato. Só assim a plateia poderá lembrar-se, de forma consistente, dos itens mais importantes apresentados.
4. Não se aperceber do não verbal
Ombros para baixo, expressão séria demais, voz baixa ou muito alta, falta de ênfase em palavras-chave, excesso de movimentação e gestos extremamente amplos denotam falta de conexão com a mensagem falada e são algumas das principais falhas cometidas por profissionais ao falar em público. São expressões corporais que ocorrem de forma inconsciente, mas a plateia percebe tudo - e, afinal, estar diante do público é como ser escaneado dos pés à cabeça. É importante que o orador, palestrante ou apresentador desenvolva a autopercepção e a habilidade de usar o corpo a favor da mensagem. De forma geral, para passar credibilidade, a recomendação é posicionar-se de frente para a plateia, com o corpo reto (evite ombros caídos) e os pés ligeiramente separados (garante o equilíbrio corporal). É fundamental manter o contato visual com a plateia, gesticular na altura da cintura e de forma compatível com o que se fala. Igualmente importante é movimentar-se de   maneira estratégica, para despertar a atenção da plateia (mas lembre-se de não mexer-se em excesso, com balanços ou movimentos repetitivos).  Vale ressaltar que é imperioso que o emissor da mensagem pareça natural, expressivo, dinâmico e seguro. Já os elementos não verbais, devem ser usados para reforçar a mensagem e como forma de refinamento do estilo, e não de robotização, para falar em público.

terça-feira, 3 de março de 2015

Pare de arrumar desculpas e supere suas metas

* Por Erik Penna
"Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje" (Abraham Lincoln)
Foi só começar o ano para nos depararmos com uma enxurrada de matérias, discursos e previsões pessimistas quanto ao crescimento da economia e o futuro do país.
A pergunta é: será que no final do ano ouviremos que todas as empresas do Brasil tiveram péssimos resultados ou que algumas vão triunfar, enquanto outras ficarão se lamentando?
Digo isso porque tenho ministrado diversos treinamentos em empresas por todo país e percebo que muitos vendedores querem o mérito pela vitória, mas não assumem a responsabilidade quando o objetivo não é alcançado.
Ao conversar com profissionais de vendas escuto 2 tipos de histórias, sendo uma bem diferente da outra na forma de encarar a realidade. Confira:
- O primeiro grupo é aquele formado por vendedores excelentes, que normalmente atingem e até ultrapassam as metas. Quando perguntamos sobre o motivo do êxito, atribuem rapidamente o sucesso à sua performance, ou seja, um fator próprio e interno. Desta forma, desejam reconhecimento e esperam pelo aplauso.
- O segundo grupo é aquele formado por colaboradores que não atingem as metas. Quando são questionados sobre o motivo do insucesso, rapidamente atribuem a fatores externos, como crise no país, incertezas da economia, ajustes do governo, problemas com clientes. Enfim, as desculpas são muito variadas, mas repare que sempre ligadas a um motivo externo que os eximem da culpa pelo baixo resultado.
Chego à conclusão que tem profissional que só quer ser o pai se o filho for bonito, pois se ele for feio, logo transfere para outro a responsabilidade.
Aprecio o livro 4 Hábitos dos Vencedores. Nele, Dick Lyles apresenta 4 atitudes das pessoas de sucesso e um deles é “não troque resultados por desculpas”.
É evidente que fatores externos influenciam os resultados, mas na medida em que você os coloca na mesa para justificar o insucesso, você passa a ter postura de perdedor.
Estude a trajetória dos campeões e dos profissionais de sucesso e perceberá que eles são sempre os responsáveis pela vitória, mas também não fogem nem apresentam justificativas externas quando não conseguem o esperado. Afinal, o segredo é olhar sempre para dentro de si.
Quem deseja ser reconhecido como um vencedor, um verdadeiro campeão, não deve transferir a culpa do insucesso para os agentes externos. Quem é grande sabe que é preciso ter a humildade de reconhecer as falhas para só assim encontrar novos e melhores caminhos.
Certa vez, acompanhei uma entrevista da Luiza Helena Trajano, mega empresária do varejo brasileiro. Quando perguntaram sobre uma crise, ela respondeu:
- Que crise? Crise só se for para a concorrência, aqui não tem crise, aqui tem trabalho, criatividade e inovação.
Portanto, se os números não estiverem a contento, pare de procurar culpados, olhe para dentro de si, mexa-se, inove e maximize sua performance. Somente dessa forma você aperfeiçoará seu desempenho, ampliará seus resultados e, assim, poderá se apropriar dos louros da vitória quando ela chegar.
E lembre-se que os elogios e o reconhecimento dos outros são muito bem vindos, no entanto, saiba que o mais importante são os aplausos que vem do nosso interior.

* Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”. Site: www.erikpenna.com.br

terça-feira, 8 de julho de 2014

Como?



Como culpar um quando todos foram responsáveis. Como atribuir a derrota apenas à fatalidade como se do outro lado não estivesse ninguém. Como alguns podem comemorar por dizerem que a Seleção é da CBF ou da Nike quando torcem para clubes que também vivem de falsos dirigentes e de patrocínios múltiplos. Como atribuir uma raiva exacerbada à Seleção porque determinado político está no poder quando - muitos que aqui conheço - já distribuiu santinhos e fez campanhas para esse mesmo político em eleições passadas. Como dizer que as mazelas que assolam nosso país podem ser dirimidas com a ausência da Copa, quando todos sabemos que os desmandos e má gestão passam por nossas mãos quando estão tocando nas urnas. Como dizer que tudo é culpa do outro quando pouco fazemos para melhorar a vida em comum. Como ser crítico quando a crítica não pode nos ajudar. Como?